Eu tomei conhecimento da existência desse lugar porque eu sigo a @francesca no Instagram e ela é casada com um dos chefs do lugar. Imediatamente fui atraída pelas imagens fortes estreladas pelo bolo de cenoura deles.
Como uma boa admiradora de bolos de cenoura, tinha certeza que precisava ser apresentada para este o quanto antes. Contudo, como eles só abrem as quintas (peculiaridade #1), eu fiquei quase um ano esperando conciliar uma vinda do boy que calhasse de estarmos em São Paulo numa quinta. Como quem espera sempre alcança, ontem pude realizar o meu sonho de princesa.
Vamos às peculiaridades: como eu disse, eles só funcionam às quintas, começando as 21h (eu não sei vocês, mas eu sou bem bebê e preu topar uma reserva a essa hora numa quinta é porque eu estava muito curiosa) e é necessário fazer reserva pelo telefone antes (11 99949-5300). Ainda, eles pedem que você faça uma transferência referente ao valor do menu de cada uma das pessoas da reserva (R$160 reais por pessoa) ou passe as informações do seu cartão de crédito para que eles possam creditar o valor caso você não apareça (como eu não considero isso tão prudente, fiz a transferência do valor).
O esquema é o seguinte, eles servem um gaspacho quando você chega, duas entradas, um prato principal e uma sobremesa. Você não sabe nada do que será servido antes de chegar (mas no meu coração eu pedia para que a sobremesa fosse o tal do bolo de cenoura – spoiler alert: foi), podendo só informar caso você não coma alguma coisa específica.
Comecemos pelo gaspacho: eu morei em Madrid por 6 meses e eu tenho verdadeiro pavor disso que parece uma sopa gelada. Adicionalmente, a deles é feita de beterraba e se tem uma coisa que eu, inicialmente, dizia que nem na minha nova fase “tenta experimentar coisas” eu comeria, é beterraba (trauma de infância de criança anêmica). Dito isso, venho por meio desta expressar que eu achei bem da gostosa.
Quanto aos pratos, o moço nos explicou tudinho o que era o que e sugeriu drinks que harmonizariam com cada um, contudo, eu não consegui guardar o que era cada um. Cês me desculpem, mas sou iniciante.
Lembro que a primeira entrada era um fish and chips sem chips e eu amei! O peixe estava uma delícia e a crosta crocantinha, sabe? O segundo era um sanduíche de kafta e estava bem gostoso, mas AMEI principalmente o pão – sou dessas viciadas em pão e para mim faz uma baita diferença.
O prato principal, admito, colei do instagram deles do que se tratava: ragu de porco, costelinha treta, pico de gallo, farofa de bacon, patacones e purê de banana. Tenho que dizer que não sou muito fã de banana, especialmente com a comida, mas todo o resto estava bem do delicioso.
Agora, o momento que eu mais aguardava: a sobremesa! Ela estava em uma posição ingrata de fazer frente a um ano de expectativa. Digo de consciência limpa e barriguinha feliz que ela fez! Bolo molhadinho, calda de chocolate abundante e um doce de leite para coroar essa experiência religiosa. Fiquei torcendo para o boy não terminar o dele (ele não é fã de doces) e ele foi um querido e me deu 1/3 da dele. Que momento!
Quanto aos bons drinks, dividimos (e por “dividimos” quero dizer que eu dei dois goles de cada e ele tomou o resto) o Geraldo, Rustico, Scofflaw e Raspberry Martini. Eu não tenho muito paladar para alcóolicos, mas o rapaz gostou bastante.
Sobre o lugar, não é um restaurante grande (do jeitinho que eu gosto), bem acolhedor e com carinha de moderninho sabe? O pessoal que trabalha lá é super atencioso e paciente desde o momento de fazer a reserva até pagar a conta.
Balanço geral: não é das experiências mais baratas, mas creio que a experiência valeu a pena (já falei do bolo de cenoura para um sem fim de pessoas, podem aguardar uma caravana do Méier).
Dando de Ombreiras 