O que precisamos saber sobre a combinação de hoje: eu tenho uma bolsa nova e quero usá-la. Ah, e também queria muito usar de novo o sapato novo. Sou tão previsível.
Quando eu vi o que eu tinha separado, fiquei impressionada com minha criatividade: era basicamente o look de ontem, mas com uma calça verde (tô muito em clima de Copa, mande ajuda). Eu que sempre julguei minha mãe por combinar sapato e bolsa, estou aqui combinando bolsa e calça, ainda bem que em 2018 praticamos empatia.
Como eu não pago internet para isso, precisava trazer uma terceira peça para dar alguma interessância. De prima, me veio uma parka militar, mas ela foi rejeitada porque (i) estava muito verde para os meus padrões e (ii) se era para ser meio vibe safári, preferia ir safári all the way. Então, catei a parka bege e fiquei bem mais contentinha com o resultado, ficando pendente apenas o binóculos.
Quanto à bolsa, cê não imagina o quão contente que eu fiquei quando o pacote chegou lá em casa. Eu passei 150 dias num misto de sentimentos por querer que a Adô Atelier lançasse logo as cores novas preu conhecer e no medo de lançar e esgotar logo a que eu queria sem que eu pudesse comprar.
Caso a gente se conheça há algum tempo, deve ter notado que eu usei a minha bolsa Cla preta do Adô Atelier incessantemente. Eu evito carregar meu mundo na bolsa, então, me adapto bem às bolsas menores e essa é uma bolsa pequena que engana. Eu conseguia colocar de tudo ali dentro, inclusive o meu kindle, e funcionava (vou evitar dar spoiler das minhas tralhas para ter o que mostrar quando for famosa e fizer um “What is in your bag?”). E eu nunca, na minha vida, vi uma bolsa preta com uma cor tão bonita quanto essa. Talvez uma coisa que me incomodasse fosse que a alça dela era muito fininha, eu estranhava aquilo.
Eis que, na nova coleção, eles mudaram isso e a alça agora é mais grossinha. Só que eu, patologicamente implicante que sou, agora estou estranhando a alça ser mais grossa, tanto esteticamente quanto pelo fato de ter deixado a bolsa um cado mais pesada. Mas não se engane, isso não atrapalhou o nosso sentimento.
Eu comprei mais de uma cor, porque sou dessas, e ponderei comigo mesma por dois dias se comprava a verde. Isso porque esse verde oliva está insano de bonito, mas eu tenho muita dificuldade de usar verde no dia-a-dia, acabei arriscando. Vamos ver se vou pagar a língua (ou cartão de crédito giletado). Cês tem alguma bolsa xodó?
Agora, me valorizem! Escrevi esse tratado e tirei esta incrível foto da bolsa do hospital, enquanto aguardo resultados de exame. Explico: eu sou uma negação para médicos/exame, se finalmente me convenço de marcar médico, ele pede exames, eu digo que vou marcar já sabendo que nunca mais nos veremos novamente. Só que, da mesma forma, eu tenho uns lapsos que eu simplesmente decido que eu tenho uma doença bizarra. Hoje, por exemplo, cismei que a dor no meu quadril esquerdo que me acompanha há uma semana precisava ser promovida a bactéria comedora de rim. Ao mesmo tempo que eu tenho certeza absoluta que não é isso, eu penso “se eu tiver uma bactéria comedora de rim e não tomar uma ação contra isso, meu pai ficaria tão puto comigo que é melhor evitar”, o bom e velho “se eu morrer, meus pais me matam”. Claro que quando eu tomei a decisão de vir não me lembrava a sensação de afogamento que é beber 8 copinhos de água para fazer ultrassom. Resultados preliminares dizem que meus rins são lindos e eu deveria estar orgulhosa.
Dia 02 • Parka – Zara | Blusa – Uniqlo | Calça de Moletom – Zara | Bota – Schutz | Bolsa – Adô Atelier
Dando de Ombreiras 